Hino do Rio Grande do Norte
Letra: José Augusto Meira Dantas
Música: José Domingos Brandão
Rio Grande do Norte esplendente
Indomado Guerreiro e gentil
Nem tua alma domina o insolente
Nem o alarde , o teu peito viril
Na vanguarda, na fúria da guerra,
Já domaste o astuto holandês
E nos pampas distantes quem erra
Ninguém ousa afrontar-te outra vez
Da tua alma, nasceu Miguelinho
Nós como ele, nascemos também
Do civismo, no rude caminho
Sua glória nos leva e sustém
Estribilho
A tua alma transborda de glória
No teu peito transborda o valor
Nos arcanos revolto da história
Potiguares é o povo senhor!
Foi de ti que o caminho encantado
Da Amazônia Caldeira encontrou
Foi contigo o mistério escalado
Foi por ti que o Brasil acordou
Da conquista formaste a vanguarda
Tua glória flutua em Belém
Teu esforço o mistério inda guarda
Mas não pode negá-los a ninguém
É por ti que teus filhos descantam
Nem te esquecem, distantes jamais
Nem os bravos, seus feitos suplantam
Nem teus filhos respeitam rivais
Terra filha de sol deslumbrante
És o peito da pátria e de um mundo
A teus pés derramar trepidante.
Vem atlante o seu canto profundo
Linda aurora que incende o teu seio
Se reclama sem florida e sem par
Lembra uma harpa, é um salmo, um gorjeio
Uma orquestra de luz sobre o mar
Tuas noites profundas e tão belas
Enchem a alma de funda emoção
Quanto sonho na luz das estrelas
Quanto adejo no teu coração.
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